quarta-feira, 14 de maio de 2008

[Um poema]


"Homo Humus"


A terra

Vermelha

Infecunda

Sendo também a morada dos mortos

Deles se alimenta

Com a sua substância

São peles, ossos, vísceras, cabelos

E vaidade

Muita vaidade


Acima da terra

Embaixo do céu

Debaixo da terra


Vaidade

Tudo é vaidade.

2 comentários:

Carlos disse...

Quero saber quando vc vai reunir os seus poemas e publicar um livro! Coragem, vc tem talento...

Lutto T. Nebroso disse...

A graça mesmo é escrever e presentear os outros (embora muitos torçam o nariz). Escrever é é, antes de tudo, uma necessidade. Cometo os meus pecados, mas estou sempre de calças curtas diante de quem sabe costurar os linhos. Mas insisto. Passo vexame, mas quem se importa? O mundo está cheio de livros... e ainda gostamos de armas, espadas, bombas... Pare de ler isso agora. Não tem um Pequeno Príncipe aí?