domingo, 30 de março de 2008

[Você tem Experiência?]



Are You Experienced?
Jimi Hendrix para download em:



Are You Experienced? foi o disco de estréia do The Jimi Hendrix Experience, lançado em 1967. O disco destacou a psicodelia de Jimi Hendrix, guitarras distorcidas, e o lançou para o estrelato.
Após desembarcar no Reino Unido em setembro de 1966, sob a guarda de Chas Chandler (baixista do The Animals), eles formaram The Jimi Hendrix Experience com Mitch Mitchell na bateria e Noel Redding no baixo. Após trabalhar com a gravadora Polydor e rapidamente mudar para o mesmo selo do The Who, a Track Records, o grupo lançou três clássicos single que figuraram entre as 10 mais tocadas na Inglaterra: "Hey Joe", "Stone Free" (Dezembro de 1966), "Purple Haze","51st Anniversary" (Março de 1967) e "The Wind Cries Mary", "Highway Chile" (Maio de 1967). Durante a produção destes singles, The Jimi Hendrix Experience cortou de seu disco de estréia, com a produção de Chas Chandler.
Lançado na Inglaterra no mês de Maio sem estes três singles - como era comum no Reino Unido naquela época, Are You Experienced e The Jimi Hendrix Experience rapidamente tornaram-se sensação em toda Europa, com este disco alcançando a segunda posição no Reino Unido, atrás apenas do Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band dos Beatles. Muitos dos fãns de Jimi Hendrix aclamaram a versão do Reino Unido de Are You Experienced como a versão definitiva.
Isso foi após a fantástica performace no Monterey Pop Festival que o selo americano Reprise Records preparou o lançamento do disco, mas com algumas mudanças significativas. A capa do disco produzido no Reino Unido, certamente não era das melhores, então uma mais colorida foi criada.
Além disso, músicas cruciais como "Red House", "Can You See Me" e "Remember" foram removidas - de forma a abrir caminho para os três hits singles do Reino Unido, com a alteração da sequências das faixas no processo. Até então, a ordem corrente das faixas foram selecionadas por Jimi Hendrix mas "Red House" foi excluída do disco contra sua vontade. Disseram-lhe que "a América não gostava de blues". Em agosto, a versão americana de Are You Experienced foi lançada e tornou-se um best-seller. Em seguida, Axis: Bold as Love foi lançado Dezembro no Reino Unido teve que lançado após 6 semanas devido às vendas espetaculares do disco de estréia.
Depois que o pai de Jimi, Al Hendrix obteve novamente os direitos autorais das músicas de seu filho, Are You Experienced foi relançado, agora pela Universal Records mundialmente, preservando ambas versões nos respectivos países em que foram lançados, incluindo as faixas limadas das respectivas versões anteriores.

sexta-feira, 28 de março de 2008

[Small Faces, From The Beginning]


Para download em:


The Small Faces foi uma banda britânica de rock and roll dos anos 60, liderada por Steve Marriott e Ronnie Lane com Kenney Jones e o pianista Jimmy Winston. Eles eram genuínos mods da East End e quase tomaram do The Who o posto de principal banda mod do Reino Unido.
Tracklist:

1. Runaway Crook, Shannon 2:47
2. My Mind's Eye Lane, Marriott 2:01
3. Yesterday, Today and Tomorrow Lane, Marriott 1:53
4. That Man Lane, Marriott 2:14
5. My Way of Giving Lane, Marriott 1:58
6. Hey Girl Lane, Marriott 2:15
7. (Tell Me) Have You Ever Seen Me Lane, Marriott 2:17
8. Take This Hurt off Me Covay, Miller 2:17
9. All or Nothing Lane, Marriott 3:03
10. Baby Don't You Do It Dozier, Holland, Holland 2:01
11. Plum Nellie Lane, Marriott 2:31
12. Sha-La-La-La-Lee Lynch, Shuman 2:54
14. What'cha Gonna Do About It? Potter, Samwell 1:57


quinta-feira, 27 de março de 2008

[Monstro Legume do Espaço]


Uma imagem do ensaio que provocou abalos sísmicos no universo da música contemporânea. Moacir (Moabba) e Marcos Vinícius (The Ganja Man) repassam o som criado pelo improvável e semi-consciente Marco Antônio (Steel Blazon) numa jam session no único estúdio que poderia recebê-los, nas cercanias dos portões do inferno. Protejam os ouvidos: é hora do monstro legume invadir a sua ceia de purezinhos e comidinhas fofas. Em breve, numa UTI perto de vocês, o som mais "what the fuck" que já existiu.

[The Doors, o primeiro disco (1967)]


Para download em:
Faixas:
1. Break on through (to the other side) 2:25
2. Soul Kitchen 3:30
3. The Crystal Ship 2:30
4. Twentieth Century Fox 2:30
5. Alabama Song (Whisky Bar) (Kurt Weill/Bertol Brecht) 3:15
6. Light my Fire 6:50
7. Back Door Man (Willie Dixon/C. Burnett) 3:30
8. I Looked at You 2:18
9. End of the Night 2:49
10. Take it as it Comes 2:13
11. The End 11:35
Formação da banda:
John Densmore -- drums
Robby Krieger -- guitar
Ray Manzarek -- organ, piano, bass
Jim Morrison -- vocals

quarta-feira, 26 de março de 2008

[Pet Sounds]



Para download em:


Pet Sounds, Beach Boys.

Disco revolucionário na época em que foi lançado, Pet Sounds passou pela prova dos anos

Um teste básico para se avaliar uma obra de arte é sua resistência ao tempo. Por esta avaliação, o disco Pet sounds, dos Beach Boys, lançado há 40 anos, passou no teste. Como aconteceu a outras obras de arte, o tempo até lhe fez mais justiça. Quando chegou às lojas em 1966, Pet sounds foi recebido com estranheza pelos fãs, acostumados com as canções do grupo, que tinham como temática um eterno e metafórico verão californiano, com muito sol, carrões, ondas, e garotas. O repertório de Pet sounds girava em torno de questões existenciais, com arranjos sofisticados, não apenas para a época, como para a música pop em geral.A idéia de fazer um disco revolucionário surgiu quando Brian Wilson (produtor e mentor intelectual da empreitada) escutou o álbum Rubber soul dos Beatles, saído em 1965: “Foi, definitivamente, um desafio para mim. Saquei que cada faixa era artisticamente interessante e estimulante. Imediatamente comecei a trabalhar nas canções de Pet sounds”, escreveu ele no encarte do primeiro lançamento de sua obra-prima em CD. Para melhor concebê-la, Brian Wilson antes de mais nada, produziu o disco de hits que a Capitol exigia da banda, The Beach Boys party, gravado às pressas, como se o grupo tivesse tocando numa festa.Em seguida, parou de excursionar, convidou o amigo Tony Asher para escrever as letras e enfurnou-se no estúdio o dia inteiro: “Fiz de cada base instrumental uma experiência sonora particular. Fiquei obcecado para explicar musicalmente como eu me sentia interiormente”, explicou Wilson no citado texto.Bases prontas, passou a mostrar as canções aos integrantes do grupo (seus dois irmãos Denny e Carl, o primo Mike Love e Al Jardine). Ele supervisionou pessoalmente cada detalhe da gravação, faixa por faixa, como um pintor construindo uma tela, camada por camada. As bases gravadas em três ou quatro canais, depois mixadas numa máquina de oito canais (um espanto, tantos canais em 1966). Nas 13 faixas do disco foram empregados tanto recursos tecnológicos quanto a criatividade pura e simples. Wouldn’t it be nice, a faixa de abertura, tem Dennis Wilson cantando com as mãos em concha, na seguinte, You still believe in me, para se conseguir o som diferente do piano na introdução alguém ficava por baixo do instrumento puxando as cordas com os dedos, enquanto Brian Wilson tocava no teclado. Foram usados todos os instrumentos disponíveis no estúdio, de um teremim (pela primeira vez empregado na música pop), em I just wasn’t made for these times, a acordeão, em God only knows.O teremim (um anos depois usado pelos Mutantes) seria aplicado intensivamente em Good vibrations, a mais demorada faixa gravada nas sessões de Pet sounds, que levou seis meses para ser finalizada, embora não tenha entrado no disco. Good vibrations saiu num compacto e foi mais bem-sucedida do que qualquer outra de Pet sounds, que, nos EUA, só chegou a um décimo lugar no paradão da Billboard. Na Inglaterra o disco teve melhor sorte, chegou a um segundo lugar nas paradas, tornou os Beach Boys estrelas em pleno apogeu do pop britânico dos anos 60, e levou Paul McCartney a confessar que considerava God only knows a mais bela canção pop já composta.Este disco mudou totalmente o conceito das paradas de sucesso, programações de FMs e a cabeça dos poucos que o entenderam. McCartney foi um desses. Espelhando-se no Pet sounds que ele concebeu o Sgt. Pepper’s lonely heart club band, tido como o mais perfeito álbum pop de todos os tempos. Brian Wilson, então com 23 anos, novamente tentou suplantar os Beatles, produzindo um disco ainda mais complexo do que Pet Sounds, que seria intitulado Smile. No processo, ele se perdeu num emaranhado de sons e drogas. Smile somente seria lançado oficialmente em 2004, 27 anos depois de iniciado. Pet sounds, quatro décadas depois não perdeu o frescor, a beleza, uma egotrip que se revelou um dos raros trabalhos de “auteur” duradouro do pop dos anos 60.Um ano seminal para a música popPet sounds não foi o único marco pop de 1966, um ano crucial para as mudanças que fizeram dos sixties uma década revolucionáriaO badalado 1968 pode ser considerado o final de um período iniciado em 1966 e que teve seu auge em 1967, com o chamado Summer of love. A partir de Pet sounds, mudou o conceito de música pop como simples entretenimento, narrando situações amorosas fantasiosas ou lúdicas. Agora, os artistas expressavam seus próprios sentimentos ou de sua geração. E a nova geração era a da frase cunhada por Timothy Leary: “Turn on, tune in e drop out” (grosso modo, “Ligue-se, antene-se e salte fora”). Uma geração que necessitava de outra trilha sonora. Antenados, os músicos criaram esta trilha, com uma série de álbuns seminais, lançados em 1966. Os Beatles voltaram à carga com o que é considerado por muita gente seu disco mais bem-resolvido, Revolver. Bob Dylan deixara para trás o banquinho e o violão e plugara-se desde 1965, mas foi em 1966 que sedimentou seu som com o viajado álbum duplo, Blonde on blonde. Frank Zappa com Freak out implantou a anarquia no rock and roll. Com Aftermath, os Rolling Stones deixavam de copiar os mestres de blues e rhythm and blues. Este foi o primeiro disco autoral de Mick Jagger & Keith Richards, que assinam todas as 14 canções do álbum. O Cream estreou com Fresh cream, uma inovadora mistura de rock pesado, jazz e pop, que a crítica de então malhou como demasiado indulgente, mas que disseminou dezenas de bandas assemelhadas nos EUA e Inglaterra, e é a base do que seria batizado de heavy metal.Em Nova Iorque e na Califórnia houve recriações da música folk, que recebeu uma boa dose de intelectualismo e psicodelismo, com a dupla Simon & Garfunkel e The Mamas and the Papas. Em janeiro de 1966, foi lançado o álbum Sounds of silence, de Paul Simon e Art Garfunkel. Sounds of silence virou folk rock, graças ao tratamento dado pelo produtor Tom Wilson. Gravada na Inglaterra um ano antes, mais lenta e com acompanhamento acústico, a canção de Paul Simon teve o andamento acelerado com a bela melodia revestida de guitarras elétricas, tornando-a um clássico instantâneo. Em Nova Iorque, batalhando no circuito folk, John Phillips, um músico da Califórnia, entrou numa igreja com a mulher Michelle para se livrar do pesado frio que fazia no final de 1965. Veio dali a inspiração para compor California dreaming, um dos maiores hits de 1966.O grupo The Mama and the Papas foi o veículo para John Phillips pintar em cores vivas a era hippie, em canções como Monday monday ou Creek Alley. Phillips foi figura-chave entre os hippies da Califórnia e o principal produtor do festival Monterey Pop, realizado no ano seguinte, que revelou Jimi Hendrix, Janis Joplin e fez a fama do The Who. Vale ressaltar que o Sgt Pepper’s começou a ser gravado em 1966 e Jimi Hendrix começou a viajar além dos limites tradicionais da guitarra no mesmo ano.

Publicado em 24.09.2006 no Jornal do Commercio

Veja mais discos interessantes em:

domingo, 16 de março de 2008

[Cinema novo]













Você vai ficar arrepiado(a). Pode acreditar. O cinema precisa desses filmes incomuns. Esporrentos, talvez seja a palavra (que me perdoem os mais sensíveis). Filmes de baixo orçamento e altamente apelativos. E por isso mesmo muito engraçados. Não estávamos lá, como Dylan. Mas podemos nos divertir graças a Tarantino e Rodriguez. Impagáveis.

segunda-feira, 10 de março de 2008

sábado, 8 de março de 2008

[Stones - Their Satanic...]


Their Satanic Majesties Request para download.

Clique no linque abaixo. E boa viagem.
Escolha um dos programas. Clique em FREE. Aguarde pouco mais de um minuto. Entre com o código no campo.



quinta-feira, 6 de março de 2008

[Rádios digitais]


LAST FM
Digite o nome do artista e espere só para ver o que acontece.
SONGZA
Entre com o nome do cantor ou da banda e clique em "Search" (Procurar). Clique na música para escutá-la.
MUSICOVERY
O mais bem elaborado. Faça a sua programação por década ou estilo.

[1001 discos... a entrevista]

Leia o artigo da postagem anterior.


Primeiro, as questões básicas. Quando surgiu a idéia de fazer o livro? E como o conceito do livro foi se desenvolvendo, à medida em que você compilava os verbetes?
Robert Zimery: Bem, a idéia surgiu há cerca de três anos. Sempre soubemos que o livro iria girar em torno do rock - quer dizer, o tipo de música popular baseada em guitarras, que tem dominado as paradas mundiais de forma constante desde a década de 1950. E esse conceito básico permaneceu intocado até o final. Entretanto, queríamos muito citar alguns álbuns-chave de outros gêneros, que pudessem ser um modo de as pessoas conhecerem outras formas de música. Então você vai achar Frank Sinatra, Ravi Shankar, Manu Chao, Stan Getz e Miles Davis ao lado de Guns N'Roses, The Smiths e White Stripes.

E como os colaboradores foram escolhidos?
Trabalhei com alguns dos colaboradores americanos e britânicos, então apenas liguei para eles e os convidei. Mas queríamos fazer um apanhado bom de escritores de outros países, então acionamos pessoas que pudessem contactar jornalistas que escrevessem em fanzines, revistas, sites e jornais mundo afora. Conseguimos jornalistas musicais da Espanha, Hungria, África do Sul e Austrália, por exemplo, o que ajudou a formar uma base mais internacional para a compilação. Acho que há muitos artigos realmente bons, apaixonados na lista - o tipo de texto que faz o leitor ter vontade de sair correndo atrás dos discos citados!

Listas de “melhores discos de todos os tempos” são facilmente encontráveis em revistas e sites. Você se diverte lendo-as?
Sim, eu gosto dessas listas todas. Afinal, eu sou um quarentão fã de música, e nossa tribo ama ler e fazer listas. Aquele filme Alta fidelidade é dolorosamente fiel à realidade!

Diria que 1001 discos… é a “lista para acabar com todas as listas?”, então? O que, em sua opinião, o faz acreditar que o livro pode se destacar no meio de tantas outras listas?
Eu provavelmente não escolheria os mesmos 1001 discos se estivesse fazendo o livro agora. O gosto da gente muda o tempo todo. Mas acho que o livro é um excelente ponto de partida para se descobrir mais sobre um pouco da melhor música pop feita nos últimos 50 anos. Acho que o livro se destaca das outras listas porque tentamos cobrir territórios menos previsíveis, juntamente com os inevitáveis Beatles, Dylan e Radiohead de sempre. Eu quis incluir coisas bem inusitadas - disquinhos que não venderam muito quando saíram, material de pequenas bandas independentes, álbuns que não se encaixam em gêneros ou classificações fáceis. Por último, sei que sou suspeito para falar, mas o livro ficou realmente bonito. Muito mais que a maioria dos outros volumes similares, que costumam ter apenas texto, sem fotos. O design foi criado por um cara chamado Tristan de Lancey, que tinha algumas idéias bem decididas sobre como o visual do livro deveria ser. Ele fez um grande trabalho.

Já ouviu todos os discos incluídos na lista? Quantos deles você possui, e quais são seus favoritos?
Não, não cheguei a escutar um por um. Embora, se conseguisse uns seis meses de folga num futuro próximo, possa tentar! Devo ter cerca de um terço dos discos que aparecem no livro. Mas é claro que editar um livro como esse realmente te inspira a procurar por nova música. Meus favoritos? Hmm, difícil! Sempre tive uma queda por guitarras jingly-jangly, como os Byrds ou The LA’s. Também dou uma nota alta a Rufus Wainwright, um compositor realmente talentoso. E os Pixies foram os Beatles de sua geração, ainda gosto muito deles.
E quais dos discos citados você não suporta?
Odiaria ter de falar mal de qualquer um dos discos da lista! Acho que em cada um dos álbuns citados há alguma coisa interessante, de Britney Spears ao Einstürzende Neubauten, passando pelo Arcade Fire.

Por outro lado, quais discos surgiram como surpresas agradáveis - álbuns os quais você nunca tinha ouvido e descobriu enquanto fazia o livro?
Diria que Sam Cooke é hoje essencial para mim. E o Live at the Star Club Hamburg, de Jerry Lee Lewis, é o mais definitivo disco de rock’n'roll que alguém pode querer ouvir. Já conhecia ambos os cantores antes de começar o livro, claro, mas os considerava artistas de singles. Não sabia que podiam produzir álbuns tão consistentes, também. Eu provavelmente incluiria Night Beat, mais um de Cooke, se estivesse fazendo o livro agora. E Missy Elliot. O jeito como ela revigorou o hip hop é extraordinário, e eu não conhecia bem o trabalho dela antes de começar o livro.
A lista de discos que emerge do livro é fortemente baseada em artistas americanos e ingleses.

Mas há alguns brasileiros mencionados: Gilberto Gil, Caetano Veloso, Carlinhos Brown. Você conhece o trabalho deles?
Tenho de admitir que meu conhecimento de música brasileira é muito limitado. Então foi excitante poder conhecer um pouco mais sobre os discos de seu país. Se o livro tivesse saído um ano mais tarde, me sentiria tentado a incluir o Cansei de Ser Sexy na lista; eles estão conseguindo um bom público por aqui. Já conhecia alguns dos discos clássicos de bossa nova, como o de Frank Sinatra com Tom Jobim. E adoro, adoro, adoro os Mutantes. Só no disco de estréia deles, há mais idéias do que na carreira inteira de muitas bandas. A mistura de vanguarda com pop que os Mutantes aperfeiçoaram é impossível de ser ignorada, e ainda influencia pessoas hoje em dia.

Qual seria o “melhor uso” para 1001 discos…? Acha que o livro pode ser usado como ponto de partida para alguém que está apenas começando a conhecer música pop? Ou, ao contrário, seria mais adequado para os colecionadores incuráveis, que já possuem a maioria dos (ou quase todos) álbuns mencionados?
No fim das contas, o livro é realmente uma introdução, para pessoas que já sabem qual é seu tipo de música favorito, mas que querem expandir suas coleções em novas direções. Escolher a lista foi, como você pode imaginar, um grande problema! Há alguns discos no livro que são conhecidos pela maioria das pessoas, mas se não os tivéssemos incluído na lista, muita gente acharia que seria um jeito de “tirar onda”, excluindo discos clássicos. Como fazer uma lista dessas e não colocar Pet sounds ou Blonde on Blonde, por mais que todo mundo já conheça esses discos? Entretanto, sei que os jornalistas que colaboraram com o livro conseguiram acrescentar fatos novos e histórias surpreendentes em seus textos, mesmo quando escreviam sobre os discos mais manjados. Acho que é um livro bastante “pesquisável" - você começa a ler sobre um disco e antes de perceber já vai estar pulando páginas, procurando por outro bem diferente. Agora, os leitores podem não concordar com todas as opiniões contidas no livro. Ou mesmo com o conjunto de discos que a lista representa. Mas se mesmo assim, o livro fizer com que as pessoas procurem e descubram mais música, então acho que nosso dever foi cumprido. O livro é só um ponto de partida, daí em diante é com o leitor.



(Publicado no Jornal do Brasil, dia 20/10/2007)
A presente versão traz a entrevista com editor Robert Zimery na íntegra (no jornal sairam só meia-dúzia de frases do cara e separadas do texto principal).

[1001 discos para ouvir antes de morrer]

Compre. Roube. Faça qualquer coisa.

Em 1001 discos para ouvir antes de morrer, 90 jornalistas e críticos de música internacionalmente reconhecidos apresentam uma rica seleção dos álbuns mais inesquecíveis de todos os tempos. Abrangendo desde as origens do rock'n'roll nos anos 50 aos mais recentes sucessos, este livro vai guiar você pelas mais diferentes tendências sonoras e mostrar o poder da música de representar as aspirações e os sentimentos de toda uma geração.Embora grande parte do livro seja dedicada ao rock e ao pop, há também dezenas de boas indicações de jazz, blues, punk, heavy metal, disco, soul, hip-hop, música experimental, world music, dance e muitos outros estilos. Cada álbum citado é contextualizado historicamente e os comentários sobre as músicas são acompanhados de curiosidades sobre as gravações, os bastidores ou a vida dos artistas.Verdadeira bíblia da música pop, 1001 discos para ouvir antes de morrer é ilustrado com mais de 900 imagens de álbuns, cantores e bandas. Você vai encontrar alguns de seus artistas preferidos e descobrir muitos outros que merecem ser conhecidos.

Os grandes discos lançados nos últimos 50 anos estão aqui: de What’s Going On, de Marvin Gaye, ao extraordinário álbum conceitual de David Bowie, The Rise And Fall Of Ziggy Stardust, passando por inúmeros outros.
1001 discos para ouvir antes de morrer explora a fundo a história da música universal e apresenta ícones tão diversos quanto Beach Boys e Nirvana. Além de álbuns e artistas já consagrados, você irá encontrar referências mais exóticas, como o Einstürzende Neubauten e o Aphex Twin.
Escrito por 90 jornalistas e críticos de renome internacional, este livro faz uma justa homenagem a todos aqueles que influenciaram o meio musical. Além de acompanhar o desenvolvimento da indústria fonográfica – dos discos de 75 rpm aos modernos CDs –, você vai descobrir como os álbuns foram aceitos pela crítica e que impacto causaram no público.
Com saborosas histórias de bastidores, este livro revela também quem eram as influências de muitas bandas de sucesso. Você sabia, por exemplo, que o Velvet Underground foi uma grande fonte de inspiração para David Bowie, Joy Division, R.E.M. e The Strokes?
Que álbum teve seu lançamento atrasado como demonstração de respeito à morte do presidente John F. Kennedy? Em que Paul Simon se baseou para escrever "Mother And Child Reunion"? O que é a estranha participação de Paul McCartney em Rings Around The World, do Super Furry Animals? Leia e descubra.
Das canções dark e obscuras aos grandes sucessos populares, 1001 discos para ouvir antes de morrer abrange a história da música em todos os seus instigantes detalhes.

(Fonte: Submarino e Editora Sextante)

segunda-feira, 3 de março de 2008

[Cem livros antes de morrer]


1. Ilíada, Homero.

2. Odisséia, Homero

3. Hamlet, William Shakespeare

4. Dom Quixote, Miguel de Cervantes

5. A Divina Comédia, Dante Alighieri

6. Em Busca do Tempo Perdido, Marcel Proust

7. Ulysses, James Joyce

8. Guerra e Paz, Leon Tolstoi

9. Crime e Castigo, Dostoiévski

10. Ensaios, Michel de Montaigne

11. Édipo Rei, Sófocles

12. Otelo, William Shakespeare

13. Madame Bovary, Gustave Flaubert

14. Fausto, Goethe

15. O Processo, Franz Kafka


17. As Flores do Mal, Charles Baldelaire

18. Som e a Fúria, William Faulkner

19. A Terra Desolada, T.S. Eliot

20. Teogonia, Hesíodo

21. As Metamorfoses, Ovídio

22. O Vermelho e o Negro, Stendhal

23. O Grande Gatsby, F. Scott Fitzgerald

24. Uma Estação No Inferno, Arthur Rimbaud

25. Os Miseráveis, Victor Hugo

26. O Estrangeiro, Albert Camus

27. Medéia, Eurípedes

28. A Eneida, Virgilio

29. Noite de Reis, William Shakespeare

30. Adeus às Armas, Ernest Hemingway

31. Coração das Trevas, Joseph Conrad

32. Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley

33. Mrs. Dalloway, Virgínia Woolf

34. Moby Dick, Herman Melville

35. Histórias Extraordinárias, Edgar Allan Poe

36. A Comédia Humana, Balzac

37. Grandes Esperanças, Charles Dickens

38. O Homem sem Qualidades, Robert Musil

39. As Viagens de Gulliver, Jonathan Swift

40. Finnegans Wake, James Joyce

41. Os Lusíadas, Luís de Camões

42. Os Três Mosqueteiros, Alexandre Dumas

43. Retrato de uma Senhora, Henry James

44. Decameron, Boccaccio

45. Esperando Godot, Samuel Beckett

46. 1984, George Orwell

47. Galileu Galilei, Bertold Brecht

48. Os Cantos de Maldoror, Lautréamont

49. A Tarde de um Fauno, Mallarmé

50. Lolita, Vladimir Nabokov

51. Tartufo, Molière

52. As Três Irmãs, Anton Tchekov

53. O Livro das Mil e uma Noites

54. Don Juan, Tirso de Molina

55. Mensagem, Fernando Pessoa

56. Paraíso Perdido, John Milton

57. Robinson Crusoé, Daniel Defoe

58. Os Moedeiros Falsos, André Gide

59. Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis

60. Retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde

61. Seis Personagens em Busca de um Autor, Luigi Pirandello

62. Alice no País das Maravilhas, Lewis Caroll

63. A Náusea, Jean-Paul Sartre

64. A Consciência de Zeno, Italo Svevo

65. A Longa Jornada Adentro, Eugene O’Neill

66. A Condição Humana, André Malraux

67. Os Cantos, Ezra Pound

68. Canções da Inocência/ Canções do Exílio, William Blake

69. Um Bonde Chamado Desejo, Teneessee Williams

70. Ficções, Jorge Luis Borges

71. O Rinoceronte, Eugène Ionesco

72. A Morte de Virgilio, Herman Broch

73. As Folhas da Relva, Walt Whitman

74. Deserto dos Tártaros, Dino Buzzati

75. Cem Anos de Solidão, Gabriel García Márquez

76. Viagem ao Fim da Noite, Louis-Ferdinand Céline

77. A Ilustre Casa de Ramires, Eça de Queirós

78. Jogo da Amarelinha, Julio Cortazar

79. As Vinhas da Ira, John Steinbeck

80. Memórias de Adriano, Marguerite Yourcenar

81. O Apanhador no Campo de Centeio, J.D. Salinger

82. Huckleberry Finn, Mark Twain

83. Contos de Hans Christian Andersen

84. O Leopardo, Tomaso di Lampedusa


86. Passagem para a Índia, E.M. Forster

87. Orgulho e Preconceito, Jane Austen

88. Trópico de Câncer, Henry Miller

89. Pais e Filhos, Ivan Turgueniev

90. O Náufrago, Thomas Bernhard

91. A Epopéia de Gilgamesh

92. O Mahabharata

93. As Cidades Invisíveis, Italo Calvino

94. On the Road, Jack Kerouac

95. O Lobo da Estepe, Hermann Hesse

96. Complexo de Portnoy, Philip Roth

97. Reparação, Ian MacEwan

98. Desonra, J.M. Coetzee

99. As Irmãs Makioka, Junichiro Tanizaki

100. Pedro Páramo, Juan Rulfo

sábado, 1 de março de 2008

[50 poemas - uma lista]


1º A Terra Desolada (The Waste Land), de T.S. Eliot (1888-1965) - Nascido nos EUA, Eliot se sentia culturalmente ligado à Europa, tendo morado em Londres a maior parte da vida. Além de poeta, foi ensaísta e dramaturgo, tendo recebido o Nobel em 1948. No ano de 1922 publicou este poema-marco da literatura do século, em que constrói uma cerrada rede de referências à tradição literária européia na descrição de um continente devastado por um processo de desagregação que vinha desde o Renascimento."Poesia", trad. de Ivati Junqueira, Nova Fronteira, R$ 24,00.

2º Tabacaria, de Fernando Pessoa (1888-1935), sob o heterônimo de Álvaro de Campos - O poeta português é autor da mais original criação poética deste século, a heteronímia, ou seja, a criação de múltiplas personalidades poéticas com vida pessoal e espiritual própria. Campos é, segundo Pessoa, um engenheiro formado em Glasgow (Inglaterra). Vivendo integralmente os conflitos da modernidade, é o mais inquieto e exaltado dos heterônimos."Obra Poética", Nova Aguilar, R$ 64,00; "Ficções do Interlúdio", Companhia das Letras, R$ 25,00.

3º O Cemitério Marinho (Le Cimetiêre Marin), de Paul Valéry (1871-1945) - Valéry foi grande ensaísta e se via sobretudo como um homem devotado à inteligência. Daí viria sua relação tensa com a poesia que o tomaria um "poeta-não poeta", na expressão de Augusto de Campos. "Cemitério Marinho" é a prova cabal do acerto de um de seus aforismos, que diz que poema é aquilo que não pode ser resumido."O Cemitério Marinho", trad. de Jorge Wanderley, Max Limonad.

4º Velejando para Bizâncio (Sailing to Byzantium), de William Butler Yeats (1865-1939) - O poeta e autor teatral irlandês recebeu o Nobel de 1923. Da plena maturidade são seus poemas mais citados, como este "Velejando para Bizâncio'', no qual a velhice e a morte, confrontadas com a permanência da arte, se vêem transfiguradas num espaço mítico além da vida."W.B. Yeats - Poemas", trad. de Paulo Vizioli, Companhia das letras.

5º Hugh Selwin Mauberley, de Erza Pound (1885-1972) - Este poema escrito em 1920 é o trabalho longo de leitura mais fluente do autor, já que é em grande parte escrito em forma mais tradicional e tem um eixo narrativo claro, o dos descaminhos do poeta americano E.P. e de seu duplo britânico, Mauberley, ameaçados de esterilidade artística. ''Poesia", trad. de Augusto de Campos, Hucitec, R$ 26,50.

6º Pranto por Ignacio Sánchez Mejías (Llanto por Ignacio Sánchez Mejías), de Federico García Lorca (1899-1936) -Lorca foi tanto o poeta popular do "Romanceiro Gitano" (1928) quanto àquele que se horrorizou, fascinado, diante da metrópole, em ''O Poeta em Nova York'', publicado postumamente em 1940. Foi assassinado aos 38 anos pelos franquistas no início da Guerra Civil Espanhola.''Obra Poética", trad. de William Agel de Mello, Martins Fontes, R$ 39,80.

7º Elegias de Duíno (Duineser Elegien), de Rainer Maria Rilke (1875-1926) - Nascido em Praga, levou uma vida aristocrática, patrocinado pela nobreza européia. As ''Elegias de Duíno" emprestam seu nome do castelo próximo a Trieste onde começaram a ser compostas nos anos de 1910-1912. Só foram concluídas mais de dez anos depois."Elegias de Duíno", trad. de José Paulo Paes, Companhia das Letras, R$ 21,00.

8º À Espera dos Bárbaros, de Konstantinos Kaváfis (1863-1933) - O mais importante poeta grego deste século nasceu em Alexandria, no Egito, e morou na Inglaterra. Em "A Espera dos Bárbaros", poema ao mesmo tempo político e ontológico, aparece a duração de um espaço em que nada se faz porque os bárbaros atacarão.''Poemas", trad. de José Paulo Paes, Nova Fronteira, R$ 21,00.

9º Zona (Zone), de Guillaume Apollinaire (1880-1918) - Poeta francês e patriota, apesar de nascido em Roma, teve uma biografia acidentada, que inclui participação voluntária como soldado na Primeira Guerra. Em "Zona" (1913), Apollinaire elimina a pontuação e cria um ritmo nervoso; abole o que faz um canto de louvor à modernidade."Alcools", Gallimard, 34 francos.

10º Mensagem, de Fernando Pessoa (1888-1935) - Pessoa ele mesmo nasceu em Lisboa e passou seus anos de formação na África do Sul. Dos vários livros projetados e até efetivamente escritos por ele, ''Mensagem'' (1934) foi o único publicado em vida.''Obra Poética'', Nova Aguilar, R$ 64,00; ''Mensagem'', Companhia das Letras, R$ 16,50.

11ºA Canção de Amor de J. Alfred Prufrock (The Love Song of J. Alfred Prufrock), de T.S Eliot (1888-1965) - Publicado pela primeira vez em 1915 numa revista literária de Chicago, abriria o primeiro livro de Eliot, de 1917.''Poesia'', trad. De Ivan Junqueira, Nova Fronteira, R$ 24,00.

12º - Quatro Quartetos, de T.S. Eliot - "Poesia", trad. de Ivan Junqueira, Nova Fronteira, R$ 24,00.

13º - Cantos, de Ezra Pound - Trad. de José Lino Grünewald, Nova Fronteira (esgotado).

14º- Em Meu Ofício ou Arte Taciturna, de Dylan Thomas (1914-1955) - Nasceu no País de Gales, trabalhou como repórter. Sua poesia, às vezes de tom religioso, revisita temas como a infância e a morte. "Poemas Reunidos" (1934-1953), trad. de Ivan Junqueira, José Olympio, R$ 24,70.

15º - O Cão sem Plumas, de João Cabral de Melo Neto (1920-1999) - Quando escreveu este poema, no final da década de 40, Cabral julgou que seria o último. O fluxo das memórias e o do rio Capibaribe se fundem nele para fazer um retrato tenso e novo do Recife. - "O Cão sem Plumas", Nova Fronteira, R$ 21,00.

16º - Quarta-Feira de Cinzas, de T.S.Eliot, "Poesia", trad. de Ivan Junqueira, Nova Fronteira, R$ 24,00.

17º- Noite Insular, Jardins Invisíveis, de Lezama Lima (1910-1976) - Poeta cubano, fundador da revista "Verbum", em 1937. Em 1959, foi nomeado por Fidel Castro diretor do departamento de literatura e publicações do Conselho Nacional de Cultura. E autor do romance ''Paradiso" (1966), lançado no Brasil em 1987. Publicou também os livros de poemas "Morte de Narciso" (1937) e "Inimigo Rumor" (1941)."Poesia Completa", Alianza Editorial, 3.562 pesetas (Espanha).

18º - Campo de Flores, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) - Desde sua estréia, em 1930, com "Alguma Poesia", Drummond se tornou poeta central para a literatura brasileira. Fechando a segunda seção de "Claro Enigma" (1951), "Campo de Flores" fala do tema do amor na maturidade. - "Claro Enigma", Record, R$ 10,40.

19º - Blanco, de Octavio Paz (1914-1998) -Prêmio Nobel de 1990, o mexicano Octavio Paz é o único poeta que tem a mesma dimensão internacional dos ficcionistas latino-americanos. Como poeta, publicou ''Pedra de sol", que, entre outros temas, revisita sua participação na Guerra Civil Espanhola e a experiência poética múltipla deste ''Blanco". - ''Transblanco", trad. de Haroldo de Campos, Siciliano, R$ 25,00.

20º- Leda e o Cisne, de William Butler Yeats - ''Poemas", trad. de Paulo Vizioli, Companhia das Letras, R$ 20,00.

21º - Jubileu, de Vladímir Maiakóvski (1893-11111930) - Nascido na Geórgia, Maiakóvski foi um entusiasta da Revolução Russa, enfrentando o desafio de escrever uma poesia engajada e ao mesmo tempo inovadora e pessoal por meio da ''linguagem da rua". Suicidou-se seis anos após escrever ''Jubileu". - ''Maiakóvski", trad. de Haroldo de Campos, Perspectiva, R$ 16,00.

22º - Orfeu. Eurídice. Hermes, de Rainer Maria Rilke - ''Rilke: Poesia-Coisa", trad. de Augusto de Campos, Imago, R$ 12,00.

23º - Esboço de uma Serpente, de Paul Valéry --- "Poésies", Gallimard, 34 francos (França).

24º - Manhã, de Giuseppe Ungaretti (1888-1970) - Na juventude lutou na Primeira Guerra. viveu no Brasil entre 1937 e 1942, tendo sido professor da USP. Obra-prima na captação de um momento num poeta que deseja uma poesia reduzida ao mínimo de palavras, eis todo o poema ''Manhã", na tradução de Haroldo de Campos: ''Deslumbro-me/ de imenso". Publicou, entre outros, ''Sentimento do Tempo" (1930), e ''A Dor" (1947).- ''Vita d' un Uomo - Tutte le Poesie", Mondadori, 24.00000 liras (Itália).

25º - Os Doze, de Aleksandr Blok (1880-1921) - Filho de intelectuais, Blok é considerado o grande poeta simbolista russo. A partir da fracassada revolução de 1905, sua poesia ganhou um realismo que se vê em ''Os Doze" (1918) e que descreve a marcha de 12 soldados sobre a cidade. - ''Poesia Russa Moderna", trad. de Boris Schnaiderman e Haroldo de Campos.

26º- O Fogo de Cada Dia, de Octavio Paz (1914-1998) - ''Obra Poética (1935-1988)", Seix Barral, 3.800 pesetas (Espanha).

27º - Sutra do Girassol, de Allen Ginsberg (1926-1997) - Neste poema, Ginsberg fala de si ao laadoo de seu companheiro de geração ''beatnik", Jack Kerouac (1922-1969). Sua linguagem torrencial, cheia de referências pessoais, da conta do que é típico em Ginsberg, que criou celeuma já com seu livro de estréia, ''Uivo e Outros Poemas" (1956), cujo poema-titulo chegou a ser proibido por obscenidade. - "Uivo, Kaddish e Outros Poemas", trad. de Cláudio Willer, L&PM, R$ 20,00.

28º - Romanceiro Gitano, de Federico García Lorca - "Obra Poética Completa", trad. de WiIliam Agel de Mello.

29º - Poema do Fim, de Marina Tzvietáieva (1892-1941) - Nome central da moderna poesia russa e européia, colocou-se em sua poesia contra a Revolução Russa e, mais tarde, contra o fascismo. Ao ver o marido ser fuzilado e a filha mandada para um campo de concentração, suicidou-se. - Poemas da autora saíram em ''Poesia Sempre" n. 7, em trad. de Augusto e Haroldo de Campos (Fundação Biblioteca Nacional, fax 0/xx/2l/220-4173).

30º - Ode Marítima, de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa - ''Ficções do Interlúdio", Companhia das Letras, R$ 25,00; ''Obra Poética", Nova Aguilar, R$ 64,00.

31º - A Pantera, de Rainer Maria Rilke - ''Rilke: Poesia-Coisa", trad. de Augusto de Campos, Imago, R$ 12,00.

32º - As Jovens Parcas, de Paul Valéry - ''Linguaviagem", trad. de Augusto de Campos, Cia. das Letras, R$ 21,00.

33º - A Torre, de William Butler Yeats - ''The Tower", Pengum, 3,99 libras (Reino Unido). Uma tradução de Augusto de Campos para o poema foi publicada no Mais! em 14/6/98.

34º- Xenia, de Eugenio Montale (1896-1981) - Ganhador do Nobel de 1975, o poeta italiano desejou ser cantor lírico, mas foi impedido pela Primeira Guerra. Sua poesia às vezes se aproxima da prosa, tal o uso que faz de elementos não-poéticos. - ''Poesias'', trad. De Geraldo Holanda Cavalcanti, Record, R$ 25,00.

35º - A Segunda Vinda, de William Butler Yeats - "Poemas", trad. de Paulo Vizioli, Companhia das Letras, R$ 20,00.

36º - A Enguia, de Eugenio Montale (1896-1981) - "Poesias", trad. de Geraldo Holanda Cavalcanti, Record.

37º - De Todas as Obras, de Bertolt Brecht (1898-1956) - O principal interesse do escritor alemão foi o teatro, que revolucionou, mas escreveu poesia por toda a vida. - "Poemas - 1913-1956", trad. de Paulo César Souza, Brasiliense (esgotado).

38º - Cortejo, de Guillaume Apollinaire "Oeuvres Poétiques Complétes", Gallimard, 290 francos (França).

39º - Stretto, de Paul Cela (1920-1970) -Poeta romeno de expressão alemã, Celan chegou a ser preso num campo de concentração. Suicidou-se em Paris. - "Cristal", trad. de Claudia Cavalcanti, Iluminuras, R$ 24,00.

40º - Brilha, de e.e. cummings (1894-1962) - O lado mais conhecido de sua poesia está nos poemas em que trabalha com a tipografia, decompondo as palavras e introduzindo uma série de sinais, em especial parênteses. - "Poem(a)s", trad. de Augusto de Campos, Francisco Alves, R$ 17,00.

41º - Trilce, de Cesar Vallejo (1892-1938) - OOO peruano Vallejo teve a marca simbolista típica de sua geração na juventude. Posteriormente, notabilizou-se por sua poesia de cunho social, mas jamais abriu mão do impulso experimental, visível neste "Trilce" (1922). - "Trilce", Cátedra, 1.142 pesetas (Espanha).

42º - Altazor, de Vicente Huidobro (1893-1947) - Chileno, Huidobro viveu em Paris e Madri. "Altazor" é um longo poema em que se mostra bem, em invenções vocabulares e livres associações, o caráter experimental de sua poesia. - ''Altazor e Outros Poemas'', trad. De Antônio Risério e Paulo César de Souza, ArtEditora, R$ 22,50.

43º- Fragmento, de Miklos Radnoti (1909-1944) - Em seu país, a Hungria, Radnoti é um mártir do Holocausto, já que foi fuzilado pelos nazistas. - Pode ser encontrado em inglês, em ''Foamy Sky - The Major Poems of Miklos Radnoti", trad. de Frederick Turner e Zsuzsanna Ozsvath, Books on Demand, US,80.

44º - Dói Demais, de Attila József (1905-1937) - Húngaro, foi membro do então ilegal Partido Comunista e disse sobre si mesmo ser o poeta do proletariado. Fez de sua mãe, uma lavadeira, símbolo da classe trabalhadora. - Pode ser encontrado em inglês, em ''Winter Night", trad. de John Batki, Oberlin College Press, US$ 14.95.

45º - No Túmulo de Christian Rosencreutz, de Fernando Pessoa - ''Obra Poética'', Nova Aguilar, R$ 64,00.

46º - Ode Inacabada à Lama, de Francis Ponge (1899-1988) - Poeta francês que buscou afastar a poesia do eu, aproximando-a dos objetos. O mais conhecido de seus livros é ''O Parti-Pris das Coisas" (1942). - ''Oeuvres Complétes", Gallimard, 390 francos (França).

47º - O Torso Arcaico de Apoio, de Rainer Maria Rilke - Não há tradução brasileira disponível.

48º - Os Passos Longínquos, de César Vallejo (1892-1938) - ''Obra Poética Completa'', Alianza, 2.010 pesetas (Espanha).

49º - El Hombre, de William Carlos Williams (1883-1963) - O poeta norte-americano foi escritor político, autor de peças, contos e romances, além de poemas. ''Poemas", trad. de José Paulo Paes, Companhia das Letras, R$ 17,20.

50º - Meus Versos São de Chumbo, de Jaroslav Seifert (1901-1986) - Foi o primeiro autor tcheco a ganhar, em 1984, o Prêmio Nobel. Há outros poemas do autor na antalogia ''Céu Vazio'', trad. De Alksandar Jovanovic, Hucitec, R$ 25,00