quarta-feira, 16 de abril de 2008

[Luiz Melodia - Pérola Negra]

Para download em:
http://www.badongo.com/file/3852201

Faixas:
1. Estácio, eu e você
2. Vale quanto pesa
3. Estácio, Holly, Estácio
4. Prá aquietar
5. Abundantemente morte
6. Pérola negra
7. Magrelinha
8. Farrapo humano
9. Objeto H
10. Forró de janeiro

Luiz Carlos dos Santos, Luiz Melodia, nasceu no morro do Estácio, Rio de Janeiro, no dia 7 de Janeiro de 1951. Único filho homem de Oswaldo e Eurídice, descobriu a música ao ver o pai tocando em casa: "fui pegando a viola dele, tirando uns acordes, observando. Ele não deixava pegar a viola de quatro cordas, que era uma relíquia, muito bonita, onde aprendi a tocar umas coisas". Apesar da precoce afinidade com a música, Luiz acabou contrariando seu pai, que sonhava vê-lo um "Doutor" formado: "ele não apoiava, não dava muita força. Mas não adiantou coisíssima alguma, até porque as coisas foram acontecendo. E depois ele veio a curtir pra caramba. Quando ele faleceu, perdi um grande fã", revela. Depois de abandonar o ginásio, Melodia passou a adolescência compondo e tocando sucessos da Jovem Guarda e Bossa Nova, com o grupo "Instantâneos", formado com amigos. Esta experiência, juntamente com a atmosfera em que vivia - do tradicional samba dos morros cariocas -, resultaram em uma mescla de influências que renderam a Luiz Melodia um estilo único. Logo, acabou por chamar a atenção de um assíduo frequentador do Morro do Estácio, o poeta Wally Salomão, e de Torquato Neto. E através de Wally, Gal Costa acabou conhecendo um de seus compositores prediletos, resultando na gravação de "Pérola Negra", no disco "Gal a Todo Vapor", de 1972. Pouco depois era a vez de "Estácio Holly Estácio", ganhar sua interpretação na voz de Maria Bethânia.Foi nesta época que o artista assumiu então o nome Luiz Melodia - apropriando o sobrenome artístico de seu pai Oswaldo -, e lançou no ano seguinte (1973) seu primeiro e antológico disco "Pérola Negra". Sua postura porém, mantinha a mesma irreverência e inquietude da do garoto que tocava iê-iê-iê nos berços do samba carioca, o que lhe rendeu um estilo e identidade musical inconfundíveis, assim como críticas que o consideravam um artista "maldito", ao lado de nomes como Fagner e João Bosco, por exemplo. "Não éramos pessoas que obedeciam. Burlávamos, pode-se dizer assim, todas as ordens da casa, da gravadora; rompíamos com situações que não nos convinham. Sempre acreditei naquilo que fiz e faço", afirma Luiz. Sua carreira acabou por consolidar-se no disco seguinte, "Maravilhas Contemporâneas" (1976), popularizado pela canção "Mico de Circo" (1978), que seria gravado no seu retorno ao Rio.

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