quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Tequila Matador!




Conheci essa mocinha (a candidata a miss Tequila 2008, acima, numa foto em preto e branco) no final dos anos 80, por obra e graça do destino (a culpa sempre recai sobre ele). Tomávamos o mesmo ônibus (não existiam carros, eu acho...) em direção ao nada (sempre fomos meio filosóficos, entendam). Esse nada era uma faculdade onde estudavam os que trabalhavam durante o dia e a tarde (exceto pelos bem-nascidos, que começavam a trabalhar aos 30). Tempos bicudos, mas cheios daquela alegria que ousamos perder pela vida. Fazíamos festas com muito pouco (e como muito poucos), dentro do ônibus. Dois ou três refrigerantes, um bolo e uma torta feitos em casa, nada mais (minto: bebíamos qualquer coisa que nos fizesse rir às bandeiras despregadas - como se dizia antigamente). Ninguém queria descer no ponto. Passávamos dele, sempre, aliás. Éramos felizes? Não sei. Ninguém se perguntava. Eu era calouro quando ela já estava lá, com cetro e espada (ops!), fumando o seu Marlboro (tá, eram os inofensivos Hollywood...). Acho que ela me ensinou a ser elegante na arte de esculhambar com (todo) o mundo. E a rir de mim mesmo (o que é muito fácil, agora eu vejo!). Mas ainda hei de lhe dar algumas lições em troca, um dia. Ainda hei de lhe pregar algumas peças, em forma de retribuição e carinho. A vida não é tão curta, tá ligada??. E dá muitas voltas, todas redondas! Um brinde de tequila, chica. Essas imagens aí em cima são para você. Tem tequila nesse bar, sim! Faltam o limãozinho e o sal.

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