segunda-feira, 6 de outubro de 2008

[Livro eletrônico]

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(Hum, esses aqui ainda estão fresquinhos...)


"Morangos Mofados"
(1982 - edição 1995)
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de Caio Fernando Abreu

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Morangos Mofados é o quinto livro de Caio Fernando Abreu, escritor gaúcho (1948-1996) que deu à literatura brasileira, com sua forma lírica e densa de escrever, uma nova direção. Destacando-se nos contos, pequenas obras que cristalizavam por um instante todos os sentimentos e sentidos que um ser humano poderia viver, Caio Fernando Abreu destacou-se na década de 80 como um dos grandes contistas do Brasil. Considerado o melhor livro de 1982 pela revista Isto É, Morangos Mofados é um livro onde as histórias se aproximam pelo sentir presente em cada personagem, as situações corriqueiras transbordadas de pequenos significados, a busca frenética por um sentido em um mundo onde o sentido parece não existir. Caio Fernando retrata os anos 80 das metrópoles, dos relacionamentos modernos, suas formas de começar, de acabar e de nunca terem existido são descritas de forma humana o bastante para prender o leitor numa viagem para o de-dentro (como Caio costumava dizer) e descobrir que as angústias, pressões, alegrias e tristezas são as mesmas, agora ou há quase trinta anos atrás. O livro mostra como o homem pode ser decadente e, mesmo assim, soberbo. Começando com uma busca angustiante e sem fim para descobrir-se e descobrir o outro em ?Diálogo? até o conto homônimo ao livro, que de maneira redentora alivía-nos de todas as pequenezas cotidianas que sufocam a vontade de viver. A sinceridade em sentir dor, raiva, amor, ódio e tudo mais do que somos feitos é que nos faz diferentes, e pela diferença Morangos Mofados brilha entre os grandes livros de conto da literatura brasileira.

Fonte (texto):


Fonte (livro):


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O que o autor disse:

Por saber que textos, como as pessoas, são vivos e sempre podem melhorar na sua contínua transformação, submeti Morangos mofados a uma severa revisão de forma. Nada em seu conteúdo ou estrutura foi modificado, mas a pontuação foi retrabalhada, novos parágrafos foram abertos ou eliminados etc. O resultado me parece mais limpo, menos literário no mau sentido, mais claro e quem sabe definitivo. Trabalhando pelo menos doze anos distanciado da emoção cega da criação (a primeira edição foi de 1982), depurar estes morangos foi como voar sobre uma rede de segurança. Só espero não ter errado o salto. C.F.A, Porto Alegre, 1995.

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