sábado, 9 de agosto de 2008

[Livro eletrônico 2]




"As Flores do Mal (1857)"

(Charles Baudelaire)

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Les fleurs du mal (em português, As Flores do Mal) é um livro escrito pelo poeta francês Charles Baudelaire, considerado o marco da poesia moderna e simbolista. As Flores do Mal reúnem de modo exemplar uma série de motivos obra do poeta: a queda; a expulsão do paraíso; o amor; o erotismo; a decadência; a morte; o tempo; o exílio e o tédio. Pelas palavras de Paul Valéry: «As Flores do Mal não contêm poemas nem lendas nem nada que tenha a ver com uma forma narrativa. Não há nelas nenhum discurso filosófico. A política está ausente por completo. As descrições, escassas, são sempre densas de significado. Mas no livro tudo é fascinação, música, sensualidade abstracta e poderosa.» «Neste livro atroz, pus todo o meu pensamento, todo o meu coração, toda a minha religião (travestida), todo o meu ódio.», escreveu Baudelaire sobre este livro numa carta.
Em 1857, no dia 25 de Junho, são publicadas As Flores do Mal. O livro foi logo violentamente atacado por Le Figaro e recolhido poucos dias depois sob acusação de obscenidade. Baudelaire foi condenado a uma multa de 300 francos (reduzidos depois para 50) e o editor a uma multa de 100 francos e, mais grave, seis poemas terem de ser suprimidos da publicação, condição sem a qual a obra não poderia voltar a circular. Em 1860 sai a segunda edição de As Flores do Mal, obra organizada em cinco seções temáticas:

1. Spleen et Idéal (Tédio e Ideal)
2. Fleurs du Mal (Flores do Mal)
3. Révolte (Revolta)
4. Le Vin (Vinho)
5. La Mort (Morte)

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Morte do artista quando jovem

Baudelaire morreu em 31 de agosto de 1867 aos 46 anos. Um ano antes, autoexilado em Bruxelas, sofreu um derrame que o deixou mudo e paralizado. Levado a Paris pela mãe, terminou a vida cercado pelos amigos e cópias de suas telas mais queridas: a Olympia de Manet e a Maja Desnuda de Goya (acima). A mulher de Manet visitava-o todos os dias para tocar ao piano peças de Wagner, seu compositor favorito.

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