1º A Terra Desolada (The Waste Land), de T.S. Eliot (1888-1965) - Nascido nos EUA, Eliot se sentia culturalmente ligado à Europa, tendo morado em Londres a maior parte da vida. Além de poeta, foi ensaísta e dramaturgo, tendo recebido o Nobel em 1948. No ano de 1922 publicou este poema-marco da literatura do século, em que constrói uma cerrada rede de referências à tradição literária européia na descrição de um continente devastado por um processo de desagregação que vinha desde o Renascimento."Poesia", trad. de Ivati Junqueira, Nova Fronteira, R$ 24,00.
2º Tabacaria, de Fernando Pessoa (1888-1935), sob o heterônimo de Álvaro de Campos - O poeta português é autor da mais original criação poética deste século, a heteronímia, ou seja, a criação de múltiplas personalidades poéticas com vida pessoal e espiritual própria. Campos é, segundo Pessoa, um engenheiro formado em Glasgow (Inglaterra). Vivendo integralmente os conflitos da modernidade, é o mais inquieto e exaltado dos heterônimos."Obra Poética", Nova Aguilar, R$ 64,00; "Ficções do Interlúdio", Companhia das Letras, R$ 25,00.
3º O Cemitério Marinho (Le Cimetiêre Marin), de Paul Valéry (1871-1945) - Valéry foi grande ensaísta e se via sobretudo como um homem devotado à inteligência. Daí viria sua relação tensa com a poesia que o tomaria um "poeta-não poeta", na expressão de Augusto de Campos. "Cemitério Marinho" é a prova cabal do acerto de um de seus aforismos, que diz que poema é aquilo que não pode ser resumido."O Cemitério Marinho", trad. de Jorge Wanderley, Max Limonad.
4º Velejando para Bizâncio (Sailing to Byzantium), de William Butler Yeats (1865-1939) - O poeta e autor teatral irlandês recebeu o Nobel de 1923. Da plena maturidade são seus poemas mais citados, como este "Velejando para Bizâncio'', no qual a velhice e a morte, confrontadas com a permanência da arte, se vêem transfiguradas num espaço mítico além da vida."W.B. Yeats - Poemas", trad. de Paulo Vizioli, Companhia das letras.
5º Hugh Selwin Mauberley, de Erza Pound (1885-1972) - Este poema escrito em 1920 é o trabalho longo de leitura mais fluente do autor, já que é em grande parte escrito em forma mais tradicional e tem um eixo narrativo claro, o dos descaminhos do poeta americano E.P. e de seu duplo britânico, Mauberley, ameaçados de esterilidade artística. ''Poesia", trad. de Augusto de Campos, Hucitec, R$ 26,50.
6º Pranto por Ignacio Sánchez Mejías (Llanto por Ignacio Sánchez Mejías), de Federico García Lorca (1899-1936) -Lorca foi tanto o poeta popular do "Romanceiro Gitano" (1928) quanto àquele que se horrorizou, fascinado, diante da metrópole, em ''O Poeta em Nova York'', publicado postumamente em 1940. Foi assassinado aos 38 anos pelos franquistas no início da Guerra Civil Espanhola.''Obra Poética", trad. de William Agel de Mello, Martins Fontes, R$ 39,80.
7º Elegias de Duíno (Duineser Elegien), de Rainer Maria Rilke (1875-1926) - Nascido em Praga, levou uma vida aristocrática, patrocinado pela nobreza européia. As ''Elegias de Duíno" emprestam seu nome do castelo próximo a Trieste onde começaram a ser compostas nos anos de 1910-1912. Só foram concluídas mais de dez anos depois."Elegias de Duíno", trad. de José Paulo Paes, Companhia das Letras, R$ 21,00.
8º À Espera dos Bárbaros, de Konstantinos Kaváfis (1863-1933) - O mais importante poeta grego deste século nasceu em Alexandria, no Egito, e morou na Inglaterra. Em "A Espera dos Bárbaros", poema ao mesmo tempo político e ontológico, aparece a duração de um espaço em que nada se faz porque os bárbaros atacarão.''Poemas", trad. de José Paulo Paes, Nova Fronteira, R$ 21,00.
9º Zona (Zone), de Guillaume Apollinaire (1880-1918) - Poeta francês e patriota, apesar de nascido em Roma, teve uma biografia acidentada, que inclui participação voluntária como soldado na Primeira Guerra. Em "Zona" (1913), Apollinaire elimina a pontuação e cria um ritmo nervoso; abole o que faz um canto de louvor à modernidade."Alcools", Gallimard, 34 francos.
10º Mensagem, de Fernando Pessoa (1888-1935) - Pessoa ele mesmo nasceu em Lisboa e passou seus anos de formação na África do Sul. Dos vários livros projetados e até efetivamente escritos por ele, ''Mensagem'' (1934) foi o único publicado em vida.''Obra Poética'', Nova Aguilar, R$ 64,00; ''Mensagem'', Companhia das Letras, R$ 16,50.
11ºA Canção de Amor de J. Alfred Prufrock (The Love Song of J. Alfred Prufrock), de T.S Eliot (1888-1965) - Publicado pela primeira vez em 1915 numa revista literária de Chicago, abriria o primeiro livro de Eliot, de 1917.''Poesia'', trad. De Ivan Junqueira, Nova Fronteira, R$ 24,00.
12º - Quatro Quartetos, de T.S. Eliot - "Poesia", trad. de Ivan Junqueira, Nova Fronteira, R$ 24,00.
13º - Cantos, de Ezra Pound - Trad. de José Lino Grünewald, Nova Fronteira (esgotado).
14º- Em Meu Ofício ou Arte Taciturna, de Dylan Thomas (1914-1955) - Nasceu no País de Gales, trabalhou como repórter. Sua poesia, às vezes de tom religioso, revisita temas como a infância e a morte. "Poemas Reunidos" (1934-1953), trad. de Ivan Junqueira, José Olympio, R$ 24,70.
15º - O Cão sem Plumas, de João Cabral de Melo Neto (1920-1999) - Quando escreveu este poema, no final da década de 40, Cabral julgou que seria o último. O fluxo das memórias e o do rio Capibaribe se fundem nele para fazer um retrato tenso e novo do Recife. - "O Cão sem Plumas", Nova Fronteira, R$ 21,00.
16º - Quarta-Feira de Cinzas, de T.S.Eliot, "Poesia", trad. de Ivan Junqueira, Nova Fronteira, R$ 24,00.
17º- Noite Insular, Jardins Invisíveis, de Lezama Lima (1910-1976) - Poeta cubano, fundador da revista "Verbum", em 1937. Em 1959, foi nomeado por Fidel Castro diretor do departamento de literatura e publicações do Conselho Nacional de Cultura. E autor do romance ''Paradiso" (1966), lançado no Brasil em 1987. Publicou também os livros de poemas "Morte de Narciso" (1937) e "Inimigo Rumor" (1941)."Poesia Completa", Alianza Editorial, 3.562 pesetas (Espanha).
18º - Campo de Flores, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) - Desde sua estréia, em 1930, com "Alguma Poesia", Drummond se tornou poeta central para a literatura brasileira. Fechando a segunda seção de "Claro Enigma" (1951), "Campo de Flores" fala do tema do amor na maturidade. - "Claro Enigma", Record, R$ 10,40.
19º - Blanco, de Octavio Paz (1914-1998) -Prêmio Nobel de 1990, o mexicano Octavio Paz é o único poeta que tem a mesma dimensão internacional dos ficcionistas latino-americanos. Como poeta, publicou ''Pedra de sol", que, entre outros temas, revisita sua participação na Guerra Civil Espanhola e a experiência poética múltipla deste ''Blanco". - ''Transblanco", trad. de Haroldo de Campos, Siciliano, R$ 25,00.
20º- Leda e o Cisne, de William Butler Yeats - ''Poemas", trad. de Paulo Vizioli, Companhia das Letras, R$ 20,00.
21º - Jubileu, de Vladímir Maiakóvski (1893-11111930) - Nascido na Geórgia, Maiakóvski foi um entusiasta da Revolução Russa, enfrentando o desafio de escrever uma poesia engajada e ao mesmo tempo inovadora e pessoal por meio da ''linguagem da rua". Suicidou-se seis anos após escrever ''Jubileu". - ''Maiakóvski", trad. de Haroldo de Campos, Perspectiva, R$ 16,00.
22º - Orfeu. Eurídice. Hermes, de Rainer Maria Rilke - ''Rilke: Poesia-Coisa", trad. de Augusto de Campos, Imago, R$ 12,00.
23º - Esboço de uma Serpente, de Paul Valéry --- "Poésies", Gallimard, 34 francos (França).
24º - Manhã, de Giuseppe Ungaretti (1888-1970) - Na juventude lutou na Primeira Guerra. viveu no Brasil entre 1937 e 1942, tendo sido professor da USP. Obra-prima na captação de um momento num poeta que deseja uma poesia reduzida ao mínimo de palavras, eis todo o poema ''Manhã", na tradução de Haroldo de Campos: ''Deslumbro-me/ de imenso". Publicou, entre outros, ''Sentimento do Tempo" (1930), e ''A Dor" (1947).- ''Vita d' un Uomo - Tutte le Poesie", Mondadori, 24.00000 liras (Itália).
25º - Os Doze, de Aleksandr Blok (1880-1921) - Filho de intelectuais, Blok é considerado o grande poeta simbolista russo. A partir da fracassada revolução de 1905, sua poesia ganhou um realismo que se vê em ''Os Doze" (1918) e que descreve a marcha de 12 soldados sobre a cidade. - ''Poesia Russa Moderna", trad. de Boris Schnaiderman e Haroldo de Campos.
26º- O Fogo de Cada Dia, de Octavio Paz (1914-1998) - ''Obra Poética (1935-1988)", Seix Barral, 3.800 pesetas (Espanha).
27º - Sutra do Girassol, de Allen Ginsberg (1926-1997) - Neste poema, Ginsberg fala de si ao laadoo de seu companheiro de geração ''beatnik", Jack Kerouac (1922-1969). Sua linguagem torrencial, cheia de referências pessoais, da conta do que é típico em Ginsberg, que criou celeuma já com seu livro de estréia, ''Uivo e Outros Poemas" (1956), cujo poema-titulo chegou a ser proibido por obscenidade. - "Uivo, Kaddish e Outros Poemas", trad. de Cláudio Willer, L&PM, R$ 20,00.
28º - Romanceiro Gitano, de Federico García Lorca - "Obra Poética Completa", trad. de WiIliam Agel de Mello.
29º - Poema do Fim, de Marina Tzvietáieva (1892-1941) - Nome central da moderna poesia russa e européia, colocou-se em sua poesia contra a Revolução Russa e, mais tarde, contra o fascismo. Ao ver o marido ser fuzilado e a filha mandada para um campo de concentração, suicidou-se. - Poemas da autora saíram em ''Poesia Sempre" n. 7, em trad. de Augusto e Haroldo de Campos (Fundação Biblioteca Nacional, fax 0/xx/2l/220-4173).
30º - Ode Marítima, de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa - ''Ficções do Interlúdio", Companhia das Letras, R$ 25,00; ''Obra Poética", Nova Aguilar, R$ 64,00.
31º - A Pantera, de Rainer Maria Rilke - ''Rilke: Poesia-Coisa", trad. de Augusto de Campos, Imago, R$ 12,00.
32º - As Jovens Parcas, de Paul Valéry - ''Linguaviagem", trad. de Augusto de Campos, Cia. das Letras, R$ 21,00.
33º - A Torre, de William Butler Yeats - ''The Tower", Pengum, 3,99 libras (Reino Unido). Uma tradução de Augusto de Campos para o poema foi publicada no Mais! em 14/6/98.
34º- Xenia, de Eugenio Montale (1896-1981) - Ganhador do Nobel de 1975, o poeta italiano desejou ser cantor lírico, mas foi impedido pela Primeira Guerra. Sua poesia às vezes se aproxima da prosa, tal o uso que faz de elementos não-poéticos. - ''Poesias'', trad. De Geraldo Holanda Cavalcanti, Record, R$ 25,00.
35º - A Segunda Vinda, de William Butler Yeats - "Poemas", trad. de Paulo Vizioli, Companhia das Letras, R$ 20,00.
36º - A Enguia, de Eugenio Montale (1896-1981) - "Poesias", trad. de Geraldo Holanda Cavalcanti, Record.
37º - De Todas as Obras, de Bertolt Brecht (1898-1956) - O principal interesse do escritor alemão foi o teatro, que revolucionou, mas escreveu poesia por toda a vida. - "Poemas - 1913-1956", trad. de Paulo César Souza, Brasiliense (esgotado).
38º - Cortejo, de Guillaume Apollinaire "Oeuvres Poétiques Complétes", Gallimard, 290 francos (França).
39º - Stretto, de Paul Cela (1920-1970) -Poeta romeno de expressão alemã, Celan chegou a ser preso num campo de concentração. Suicidou-se em Paris. - "Cristal", trad. de Claudia Cavalcanti, Iluminuras, R$ 24,00.
40º - Brilha, de e.e. cummings (1894-1962) - O lado mais conhecido de sua poesia está nos poemas em que trabalha com a tipografia, decompondo as palavras e introduzindo uma série de sinais, em especial parênteses. - "Poem(a)s", trad. de Augusto de Campos, Francisco Alves, R$ 17,00.
41º - Trilce, de Cesar Vallejo (1892-1938) - OOO peruano Vallejo teve a marca simbolista típica de sua geração na juventude. Posteriormente, notabilizou-se por sua poesia de cunho social, mas jamais abriu mão do impulso experimental, visível neste "Trilce" (1922). - "Trilce", Cátedra, 1.142 pesetas (Espanha).
42º - Altazor, de Vicente Huidobro (1893-1947) - Chileno, Huidobro viveu em Paris e Madri. "Altazor" é um longo poema em que se mostra bem, em invenções vocabulares e livres associações, o caráter experimental de sua poesia. - ''Altazor e Outros Poemas'', trad. De Antônio Risério e Paulo César de Souza, ArtEditora, R$ 22,50.
43º- Fragmento, de Miklos Radnoti (1909-1944) - Em seu país, a Hungria, Radnoti é um mártir do Holocausto, já que foi fuzilado pelos nazistas. - Pode ser encontrado em inglês, em ''Foamy Sky - The Major Poems of Miklos Radnoti", trad. de Frederick Turner e Zsuzsanna Ozsvath, Books on Demand, US,80.
44º - Dói Demais, de Attila József (1905-1937) - Húngaro, foi membro do então ilegal Partido Comunista e disse sobre si mesmo ser o poeta do proletariado. Fez de sua mãe, uma lavadeira, símbolo da classe trabalhadora. - Pode ser encontrado em inglês, em ''Winter Night", trad. de John Batki, Oberlin College Press, US$ 14.95.
45º - No Túmulo de Christian Rosencreutz, de Fernando Pessoa - ''Obra Poética'', Nova Aguilar, R$ 64,00.
46º - Ode Inacabada à Lama, de Francis Ponge (1899-1988) - Poeta francês que buscou afastar a poesia do eu, aproximando-a dos objetos. O mais conhecido de seus livros é ''O Parti-Pris das Coisas" (1942). - ''Oeuvres Complétes", Gallimard, 390 francos (França).
47º - O Torso Arcaico de Apoio, de Rainer Maria Rilke - Não há tradução brasileira disponível.
48º - Os Passos Longínquos, de César Vallejo (1892-1938) - ''Obra Poética Completa'', Alianza, 2.010 pesetas (Espanha).
49º - El Hombre, de William Carlos Williams (1883-1963) - O poeta norte-americano foi escritor político, autor de peças, contos e romances, além de poemas. ''Poemas", trad. de José Paulo Paes, Companhia das Letras, R$ 17,20.
50º - Meus Versos São de Chumbo, de Jaroslav Seifert (1901-1986) - Foi o primeiro autor tcheco a ganhar, em 1984, o Prêmio Nobel. Há outros poemas do autor na antalogia ''Céu Vazio'', trad. De Alksandar Jovanovic, Hucitec, R$ 25,00
2º Tabacaria, de Fernando Pessoa (1888-1935), sob o heterônimo de Álvaro de Campos - O poeta português é autor da mais original criação poética deste século, a heteronímia, ou seja, a criação de múltiplas personalidades poéticas com vida pessoal e espiritual própria. Campos é, segundo Pessoa, um engenheiro formado em Glasgow (Inglaterra). Vivendo integralmente os conflitos da modernidade, é o mais inquieto e exaltado dos heterônimos."Obra Poética", Nova Aguilar, R$ 64,00; "Ficções do Interlúdio", Companhia das Letras, R$ 25,00.
3º O Cemitério Marinho (Le Cimetiêre Marin), de Paul Valéry (1871-1945) - Valéry foi grande ensaísta e se via sobretudo como um homem devotado à inteligência. Daí viria sua relação tensa com a poesia que o tomaria um "poeta-não poeta", na expressão de Augusto de Campos. "Cemitério Marinho" é a prova cabal do acerto de um de seus aforismos, que diz que poema é aquilo que não pode ser resumido."O Cemitério Marinho", trad. de Jorge Wanderley, Max Limonad.
4º Velejando para Bizâncio (Sailing to Byzantium), de William Butler Yeats (1865-1939) - O poeta e autor teatral irlandês recebeu o Nobel de 1923. Da plena maturidade são seus poemas mais citados, como este "Velejando para Bizâncio'', no qual a velhice e a morte, confrontadas com a permanência da arte, se vêem transfiguradas num espaço mítico além da vida."W.B. Yeats - Poemas", trad. de Paulo Vizioli, Companhia das letras.
5º Hugh Selwin Mauberley, de Erza Pound (1885-1972) - Este poema escrito em 1920 é o trabalho longo de leitura mais fluente do autor, já que é em grande parte escrito em forma mais tradicional e tem um eixo narrativo claro, o dos descaminhos do poeta americano E.P. e de seu duplo britânico, Mauberley, ameaçados de esterilidade artística. ''Poesia", trad. de Augusto de Campos, Hucitec, R$ 26,50.
6º Pranto por Ignacio Sánchez Mejías (Llanto por Ignacio Sánchez Mejías), de Federico García Lorca (1899-1936) -Lorca foi tanto o poeta popular do "Romanceiro Gitano" (1928) quanto àquele que se horrorizou, fascinado, diante da metrópole, em ''O Poeta em Nova York'', publicado postumamente em 1940. Foi assassinado aos 38 anos pelos franquistas no início da Guerra Civil Espanhola.''Obra Poética", trad. de William Agel de Mello, Martins Fontes, R$ 39,80.
7º Elegias de Duíno (Duineser Elegien), de Rainer Maria Rilke (1875-1926) - Nascido em Praga, levou uma vida aristocrática, patrocinado pela nobreza européia. As ''Elegias de Duíno" emprestam seu nome do castelo próximo a Trieste onde começaram a ser compostas nos anos de 1910-1912. Só foram concluídas mais de dez anos depois."Elegias de Duíno", trad. de José Paulo Paes, Companhia das Letras, R$ 21,00.
8º À Espera dos Bárbaros, de Konstantinos Kaváfis (1863-1933) - O mais importante poeta grego deste século nasceu em Alexandria, no Egito, e morou na Inglaterra. Em "A Espera dos Bárbaros", poema ao mesmo tempo político e ontológico, aparece a duração de um espaço em que nada se faz porque os bárbaros atacarão.''Poemas", trad. de José Paulo Paes, Nova Fronteira, R$ 21,00.
9º Zona (Zone), de Guillaume Apollinaire (1880-1918) - Poeta francês e patriota, apesar de nascido em Roma, teve uma biografia acidentada, que inclui participação voluntária como soldado na Primeira Guerra. Em "Zona" (1913), Apollinaire elimina a pontuação e cria um ritmo nervoso; abole o que faz um canto de louvor à modernidade."Alcools", Gallimard, 34 francos.
10º Mensagem, de Fernando Pessoa (1888-1935) - Pessoa ele mesmo nasceu em Lisboa e passou seus anos de formação na África do Sul. Dos vários livros projetados e até efetivamente escritos por ele, ''Mensagem'' (1934) foi o único publicado em vida.''Obra Poética'', Nova Aguilar, R$ 64,00; ''Mensagem'', Companhia das Letras, R$ 16,50.
11ºA Canção de Amor de J. Alfred Prufrock (The Love Song of J. Alfred Prufrock), de T.S Eliot (1888-1965) - Publicado pela primeira vez em 1915 numa revista literária de Chicago, abriria o primeiro livro de Eliot, de 1917.''Poesia'', trad. De Ivan Junqueira, Nova Fronteira, R$ 24,00.
12º - Quatro Quartetos, de T.S. Eliot - "Poesia", trad. de Ivan Junqueira, Nova Fronteira, R$ 24,00.
13º - Cantos, de Ezra Pound - Trad. de José Lino Grünewald, Nova Fronteira (esgotado).
14º- Em Meu Ofício ou Arte Taciturna, de Dylan Thomas (1914-1955) - Nasceu no País de Gales, trabalhou como repórter. Sua poesia, às vezes de tom religioso, revisita temas como a infância e a morte. "Poemas Reunidos" (1934-1953), trad. de Ivan Junqueira, José Olympio, R$ 24,70.
15º - O Cão sem Plumas, de João Cabral de Melo Neto (1920-1999) - Quando escreveu este poema, no final da década de 40, Cabral julgou que seria o último. O fluxo das memórias e o do rio Capibaribe se fundem nele para fazer um retrato tenso e novo do Recife. - "O Cão sem Plumas", Nova Fronteira, R$ 21,00.
16º - Quarta-Feira de Cinzas, de T.S.Eliot, "Poesia", trad. de Ivan Junqueira, Nova Fronteira, R$ 24,00.
17º- Noite Insular, Jardins Invisíveis, de Lezama Lima (1910-1976) - Poeta cubano, fundador da revista "Verbum", em 1937. Em 1959, foi nomeado por Fidel Castro diretor do departamento de literatura e publicações do Conselho Nacional de Cultura. E autor do romance ''Paradiso" (1966), lançado no Brasil em 1987. Publicou também os livros de poemas "Morte de Narciso" (1937) e "Inimigo Rumor" (1941)."Poesia Completa", Alianza Editorial, 3.562 pesetas (Espanha).
18º - Campo de Flores, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) - Desde sua estréia, em 1930, com "Alguma Poesia", Drummond se tornou poeta central para a literatura brasileira. Fechando a segunda seção de "Claro Enigma" (1951), "Campo de Flores" fala do tema do amor na maturidade. - "Claro Enigma", Record, R$ 10,40.
19º - Blanco, de Octavio Paz (1914-1998) -Prêmio Nobel de 1990, o mexicano Octavio Paz é o único poeta que tem a mesma dimensão internacional dos ficcionistas latino-americanos. Como poeta, publicou ''Pedra de sol", que, entre outros temas, revisita sua participação na Guerra Civil Espanhola e a experiência poética múltipla deste ''Blanco". - ''Transblanco", trad. de Haroldo de Campos, Siciliano, R$ 25,00.
20º- Leda e o Cisne, de William Butler Yeats - ''Poemas", trad. de Paulo Vizioli, Companhia das Letras, R$ 20,00.
21º - Jubileu, de Vladímir Maiakóvski (1893-11111930) - Nascido na Geórgia, Maiakóvski foi um entusiasta da Revolução Russa, enfrentando o desafio de escrever uma poesia engajada e ao mesmo tempo inovadora e pessoal por meio da ''linguagem da rua". Suicidou-se seis anos após escrever ''Jubileu". - ''Maiakóvski", trad. de Haroldo de Campos, Perspectiva, R$ 16,00.
22º - Orfeu. Eurídice. Hermes, de Rainer Maria Rilke - ''Rilke: Poesia-Coisa", trad. de Augusto de Campos, Imago, R$ 12,00.
23º - Esboço de uma Serpente, de Paul Valéry --- "Poésies", Gallimard, 34 francos (França).
24º - Manhã, de Giuseppe Ungaretti (1888-1970) - Na juventude lutou na Primeira Guerra. viveu no Brasil entre 1937 e 1942, tendo sido professor da USP. Obra-prima na captação de um momento num poeta que deseja uma poesia reduzida ao mínimo de palavras, eis todo o poema ''Manhã", na tradução de Haroldo de Campos: ''Deslumbro-me/ de imenso". Publicou, entre outros, ''Sentimento do Tempo" (1930), e ''A Dor" (1947).- ''Vita d' un Uomo - Tutte le Poesie", Mondadori, 24.00000 liras (Itália).
25º - Os Doze, de Aleksandr Blok (1880-1921) - Filho de intelectuais, Blok é considerado o grande poeta simbolista russo. A partir da fracassada revolução de 1905, sua poesia ganhou um realismo que se vê em ''Os Doze" (1918) e que descreve a marcha de 12 soldados sobre a cidade. - ''Poesia Russa Moderna", trad. de Boris Schnaiderman e Haroldo de Campos.
26º- O Fogo de Cada Dia, de Octavio Paz (1914-1998) - ''Obra Poética (1935-1988)", Seix Barral, 3.800 pesetas (Espanha).
27º - Sutra do Girassol, de Allen Ginsberg (1926-1997) - Neste poema, Ginsberg fala de si ao laadoo de seu companheiro de geração ''beatnik", Jack Kerouac (1922-1969). Sua linguagem torrencial, cheia de referências pessoais, da conta do que é típico em Ginsberg, que criou celeuma já com seu livro de estréia, ''Uivo e Outros Poemas" (1956), cujo poema-titulo chegou a ser proibido por obscenidade. - "Uivo, Kaddish e Outros Poemas", trad. de Cláudio Willer, L&PM, R$ 20,00.
28º - Romanceiro Gitano, de Federico García Lorca - "Obra Poética Completa", trad. de WiIliam Agel de Mello.
29º - Poema do Fim, de Marina Tzvietáieva (1892-1941) - Nome central da moderna poesia russa e européia, colocou-se em sua poesia contra a Revolução Russa e, mais tarde, contra o fascismo. Ao ver o marido ser fuzilado e a filha mandada para um campo de concentração, suicidou-se. - Poemas da autora saíram em ''Poesia Sempre" n. 7, em trad. de Augusto e Haroldo de Campos (Fundação Biblioteca Nacional, fax 0/xx/2l/220-4173).
30º - Ode Marítima, de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa - ''Ficções do Interlúdio", Companhia das Letras, R$ 25,00; ''Obra Poética", Nova Aguilar, R$ 64,00.
31º - A Pantera, de Rainer Maria Rilke - ''Rilke: Poesia-Coisa", trad. de Augusto de Campos, Imago, R$ 12,00.
32º - As Jovens Parcas, de Paul Valéry - ''Linguaviagem", trad. de Augusto de Campos, Cia. das Letras, R$ 21,00.
33º - A Torre, de William Butler Yeats - ''The Tower", Pengum, 3,99 libras (Reino Unido). Uma tradução de Augusto de Campos para o poema foi publicada no Mais! em 14/6/98.
34º- Xenia, de Eugenio Montale (1896-1981) - Ganhador do Nobel de 1975, o poeta italiano desejou ser cantor lírico, mas foi impedido pela Primeira Guerra. Sua poesia às vezes se aproxima da prosa, tal o uso que faz de elementos não-poéticos. - ''Poesias'', trad. De Geraldo Holanda Cavalcanti, Record, R$ 25,00.
35º - A Segunda Vinda, de William Butler Yeats - "Poemas", trad. de Paulo Vizioli, Companhia das Letras, R$ 20,00.
36º - A Enguia, de Eugenio Montale (1896-1981) - "Poesias", trad. de Geraldo Holanda Cavalcanti, Record.
37º - De Todas as Obras, de Bertolt Brecht (1898-1956) - O principal interesse do escritor alemão foi o teatro, que revolucionou, mas escreveu poesia por toda a vida. - "Poemas - 1913-1956", trad. de Paulo César Souza, Brasiliense (esgotado).
38º - Cortejo, de Guillaume Apollinaire "Oeuvres Poétiques Complétes", Gallimard, 290 francos (França).
39º - Stretto, de Paul Cela (1920-1970) -Poeta romeno de expressão alemã, Celan chegou a ser preso num campo de concentração. Suicidou-se em Paris. - "Cristal", trad. de Claudia Cavalcanti, Iluminuras, R$ 24,00.
40º - Brilha, de e.e. cummings (1894-1962) - O lado mais conhecido de sua poesia está nos poemas em que trabalha com a tipografia, decompondo as palavras e introduzindo uma série de sinais, em especial parênteses. - "Poem(a)s", trad. de Augusto de Campos, Francisco Alves, R$ 17,00.
41º - Trilce, de Cesar Vallejo (1892-1938) - OOO peruano Vallejo teve a marca simbolista típica de sua geração na juventude. Posteriormente, notabilizou-se por sua poesia de cunho social, mas jamais abriu mão do impulso experimental, visível neste "Trilce" (1922). - "Trilce", Cátedra, 1.142 pesetas (Espanha).
42º - Altazor, de Vicente Huidobro (1893-1947) - Chileno, Huidobro viveu em Paris e Madri. "Altazor" é um longo poema em que se mostra bem, em invenções vocabulares e livres associações, o caráter experimental de sua poesia. - ''Altazor e Outros Poemas'', trad. De Antônio Risério e Paulo César de Souza, ArtEditora, R$ 22,50.
43º- Fragmento, de Miklos Radnoti (1909-1944) - Em seu país, a Hungria, Radnoti é um mártir do Holocausto, já que foi fuzilado pelos nazistas. - Pode ser encontrado em inglês, em ''Foamy Sky - The Major Poems of Miklos Radnoti", trad. de Frederick Turner e Zsuzsanna Ozsvath, Books on Demand, US,80.
44º - Dói Demais, de Attila József (1905-1937) - Húngaro, foi membro do então ilegal Partido Comunista e disse sobre si mesmo ser o poeta do proletariado. Fez de sua mãe, uma lavadeira, símbolo da classe trabalhadora. - Pode ser encontrado em inglês, em ''Winter Night", trad. de John Batki, Oberlin College Press, US$ 14.95.
45º - No Túmulo de Christian Rosencreutz, de Fernando Pessoa - ''Obra Poética'', Nova Aguilar, R$ 64,00.
46º - Ode Inacabada à Lama, de Francis Ponge (1899-1988) - Poeta francês que buscou afastar a poesia do eu, aproximando-a dos objetos. O mais conhecido de seus livros é ''O Parti-Pris das Coisas" (1942). - ''Oeuvres Complétes", Gallimard, 390 francos (França).
47º - O Torso Arcaico de Apoio, de Rainer Maria Rilke - Não há tradução brasileira disponível.
48º - Os Passos Longínquos, de César Vallejo (1892-1938) - ''Obra Poética Completa'', Alianza, 2.010 pesetas (Espanha).
49º - El Hombre, de William Carlos Williams (1883-1963) - O poeta norte-americano foi escritor político, autor de peças, contos e romances, além de poemas. ''Poemas", trad. de José Paulo Paes, Companhia das Letras, R$ 17,20.
50º - Meus Versos São de Chumbo, de Jaroslav Seifert (1901-1986) - Foi o primeiro autor tcheco a ganhar, em 1984, o Prêmio Nobel. Há outros poemas do autor na antalogia ''Céu Vazio'', trad. De Alksandar Jovanovic, Hucitec, R$ 25,00
Um comentário:
Sempre usei o blogger, por acaso, sem mais nada pensar. A ideia inicial era o conteúdo (imagens que dissessem mais que mil palavras - sabendo que isso sempre foi impossível), não a forma. Não consegui nem uma coisa nem outra. Por isso, estou em desistência. Boa sorte com o ensaio. Eu sugiro não usar o Drupal (não deve ser coisa desse mundo, com esse nome), mas a sua intuição. E plataforma é coisa de mulher. E mulher, é coisa mais para se adorar. Menos para ser decifrada ou compreendida. Esse é o meu clichê número 279. Go ahead, boy.
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